Minhas palavras disfarçam,
escondem a criança
que ainda sou.
Minhas ações, meu olhar,
a revelam discretamente,
como se minha mente
não conseguisse contê-la.
Ela está no choro contido,
no colo não pedido,
na necessidade
de carinho reprimido.
Mas quando vejo a chuva,
quando seus pingos
tocam meu rosto, ela ressurge —
parecendo fogo que brota da água,
como uma fênix que renasce,
e em mim ela volta a sorrir.
Lembro daquele dia quando pela primeira vez rimos juntos e foram muitas risadas. Ainda lembro daquele primeiro abraço no seu aniversário. Lembro, há quase um ano, do retorno das férias... e ouvi saudade e também falei saudade. Lembro da primeira abelha, da primeira poesia, do sonho na chuva, das três palavras quando te disse a primeira vez. Lembro quando segurei pela primeira vez tua mão, como bateu forte meu coração. Lembro do primeiro cheirinho, da primeira vez que olhou para trás. Lembro de tudo com carinho, lembro sempre de você todo dia, cada hora, à noite, a cada lua, em casa ou na rua. Acredito que nunca vou te esquecer!
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