Em minha solidão,
encaro minha dor.
E no meu egoísmo
ou na minha incapacidade
de perceber que não dói só em mim,
me sinto só.
Será que só eu me sinto assim?
E tal dúvida também
me faz sentir só.
E parece que,
por estar só,
serei o último a sair.
E quem sai por último,
deve apagar a luz...
Mas tenho medo do escuro.
E quem não tem?
Estranho é:
sempre tive a mim mesmo,
e mesmo assim,
me sinto só.
Talvez, porque
uma parte de mim
já não está aqui.
Para onde ela foi?
Quem será que levou?
Lembro daquele dia quando pela primeira vez rimos juntos e foram muitas risadas. Ainda lembro daquele primeiro abraço no seu aniversário. Lembro, há quase um ano, do retorno das férias... e ouvi saudade e também falei saudade. Lembro da primeira abelha, da primeira poesia, do sonho na chuva, das três palavras quando te disse a primeira vez. Lembro quando segurei pela primeira vez tua mão, como bateu forte meu coração. Lembro do primeiro cheirinho, da primeira vez que olhou para trás. Lembro de tudo com carinho, lembro sempre de você todo dia, cada hora, à noite, a cada lua, em casa ou na rua. Acredito que nunca vou te esquecer!
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