Me projetei ao passado
E não achei de onde vim.
E ao pensar no futuro,
Me ofusquei com o infinito.
Restou o agora, essa hora,
Meu momento, nesse minuto.
O que fazer
Nessa borda do tempo,
Entre o ontem e o amanhã?
Devo escolher viver.
O sentido é para frente, sempre.
Mas qual a direção,
Se nos caminhos da vida
Não dá para voltar?
Pelo menos fica a esperança
Que no emaranhado de possibilidades,
Muitas vezes, os caminhos vão se cruzar
Em espirais? Periódicas ou aleatórias?
E que se não for possível agora,
Por quanto tempo
Terei que esperar?
E o que fazer enquanto
O tão esperado momento não chegar?
Viver! Que vivamos o agora!
Aproveitemos essa hora,
O instante, o momento!
E que o passado seja
A melhor coletânea.
Porque foram vividos intensamente,
Porque sempre estivemos presentes, no presente.
Porque a tristeza
Não impede o sol de nascer,
Nem as flores de florescer,
Nem os pássaros de cantar.
O milagre vai sempre acontecer,
Só precisa ter olhos para ver.
Lembro daquele dia quando pela primeira vez rimos juntos e foram muitas risadas. Ainda lembro daquele primeiro abraço no seu aniversário. Lembro, há quase um ano, do retorno das férias... e ouvi saudade e também falei saudade. Lembro da primeira abelha, da primeira poesia, do sonho na chuva, das três palavras quando te disse a primeira vez. Lembro quando segurei pela primeira vez tua mão, como bateu forte meu coração. Lembro do primeiro cheirinho, da primeira vez que olhou para trás. Lembro de tudo com carinho, lembro sempre de você todo dia, cada hora, à noite, a cada lua, em casa ou na rua. Acredito que nunca vou te esquecer!
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