Tenho o sol, a estrelas a lua, 
Vejo a praia, a ondas e o mar
Tenho casa, posso ir e vir, olho a rua
E mesmo assim sinto algo a me faltar

Vejo a flores, a floresta
Ouço os pássaros, sinto a chuva
Posso andar, me levantar
Tenho onde dormir, um lugar, um lar
Porque ainda sinto algo a me faltar

Cresci, estudei, trabalhei
Conquistei, consumi, acumulei
E continuo sem saber o que sou
De onde vim, pra onde irei ?
E sempre sinto algo a me faltar

Procurei, lá fora, fui aos montes
Visitei os vales, os mares, os rios
Li livros, orei, rezei, 
procurei  em várias fontes
Mas algo me falta, o que será ?

Voltei-me para dentro: que vazios existem ?
O que faz esvaziar-me, como me transbordar
Se tudo que tenho, se tudo que conquistei
Está lá fora e não aqui dentro ?
Como preencher esse vazio?
Que algo está a me faltar?

Sinto, um vazio existencial
Um vazio que não se preenche
Como o que é material
E as vezes sinto alivio
Com presença, com conexão
Com conversa, com convívio
Mas algo ainda me falta
Quando esse algo chegará?
Em que local do meu âmago devo buscar?
Quem poderá me ajudar? 

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