Tenho o sol, a estrelas a lua,
Vejo a praia, a ondas e o mar
Tenho casa, posso ir e vir, olho a rua
E mesmo assim sinto algo a me faltar
Vejo a flores, a floresta
Ouço os pássaros, sinto a chuva
Posso andar, me levantar
Tenho onde dormir, um lugar, um lar
Porque ainda sinto algo a me faltar
Cresci, estudei, trabalhei
Conquistei, consumi, acumulei
E continuo sem saber o que sou
De onde vim, pra onde irei ?
E sempre sinto algo a me faltar
Procurei, lá fora, fui aos montes
Visitei os vales, os mares, os rios
Li livros, orei, rezei,
procurei em várias fontes
Mas algo me falta, o que será ?
Voltei-me para dentro: que vazios existem ?
O que faz esvaziar-me, como me transbordar
Se tudo que tenho, se tudo que conquistei
Está lá fora e não aqui dentro ?
Como preencher esse vazio?
Que algo está a me faltar?
Sinto, um vazio existencial
Um vazio que não se preenche
Como o que é material
E as vezes sinto alivio
Com presença, com conexão
Com conversa, com convívio
Mas algo ainda me falta
Quando esse algo chegará?
Em que local do meu âmago devo buscar?
Quem poderá me ajudar?
Lembro daquele dia quando pela primeira vez rimos juntos e foram muitas risadas. Ainda lembro daquele primeiro abraço no seu aniversário. Lembro, há quase um ano, do retorno das férias... e ouvi saudade e também falei saudade. Lembro da primeira abelha, da primeira poesia, do sonho na chuva, das três palavras quando te disse a primeira vez. Lembro quando segurei pela primeira vez tua mão, como bateu forte meu coração. Lembro do primeiro cheirinho, da primeira vez que olhou para trás. Lembro de tudo com carinho, lembro sempre de você todo dia, cada hora, à noite, a cada lua, em casa ou na rua. Acredito que nunca vou te esquecer!
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